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terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O argumento "mais um deus que tu"

Por Edward Feser
Os deuses do Olimpo, ou qualquer outro deus de algum outro panteão, são, em essência, seres finitos e contingentes como nós, tão impressionantes como os extraterrestres - que seria de facto impressionante, mas mesmo assim, dentro da ordem da criação.
De modo particular (e para ser filosoficamente mais correcto), esses deuses seriam uma mistura de actualidade e potencialidade, e uma mistura de essência e existência; todos eles seriam governados por princípios que existem fora deles mesmos. Para além disso, todos eles seriam menos que absolutamente necessários na sua existência, e imperfeitos na sua natureza.
Isto significa que, tal como nós, a sua existência iria depender do que é Actualidade Pura, Aquele que é o Próprio Ser (isto é, Aquele onde a essência e a existência são idênticas), Aquele que existe duma forma necessária e independente, e onde todas as perfeições finitas, diversas e derivativas manifestas no mundo da nossa experiência existem duma forma unificada, não-derivada e infinita.
Isto significa que eles, tal como nós, iriam depender a sua existência no Deus do Teísmo clássico.
Logo, em resposta à objecção "mais um deus que tu", nada mais é preciso dizer que isto:
Quando tu entenderes o porquê de eu rejeitar todos os outros deuses, irás entender o porquê de eu rejeitar o teu argumento "mais um deus que tu".
* * * * * * *
Basicamente, o que Feser diz é que quando o anti-Cristão usa o argumento "mais um deus que tu", ele não entende o que é que os Cristãos acreditam em relação aos outros deuses:
Porque, ainda que haja, também, alguns que se chamem deuses, quer no céu, quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores); Todavia, para nós, há um só Deus, o Pai, de quem é tudo, e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por Ele. 1 Cor 8:5-6
Os Cristãos não defendem que não existam seres que os humanos qualificam de "deuses"; o que nós defendemos é que só há Um Ser que é Deus por Natureza (e não por atribuição humana).
DemoniosQuando o ateu diz que o que ele acredita sobre o Deus da Bíblia é o mesmo que os Cristãos acreditam sobre os outros deuses, ele está a fazer um erro grave porque o que os Cristãos acreditam sobre os outros deuses não é o que ele defende sobre o Deus da Bíblia.
Um exemplo disto é que, em algumas situações, os Cristãos identificam os outros deuses como demónios, algo que os ateus nunca iriam defender sobre o Deus da Bíblia visto que eles não acreditam que demónios existam.
Resumindo: o Deus da Bíblia é Deus por Natureza (isto é, Nele mesmo), e Ele existe independentemente da criação - "Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, Eu Sou." (João 8:58) - mas por outro lado, os deuses pagãos são, na hipótese mais benigna, meras projecções humanas, mas na pior das hipóteses, demónios enganadores.
Antes digo que, as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demónios e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demónios. 1 Cor 10:20

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