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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

5 questões que todos os Cristãos têm que saber responder

Por Richard Bushey
EvangelizandoSempre que se envolvem em algum tipo de diálogo com as pessoas do mundo, os Cristãos encontram objecções comuns que eles têm que saber como responder. Estas objecções normalmente se baseiam em más-concepções ou má-informação que eles [os descrentes] receberam. Para além disso, as outras pessoas têm também questões gerais provenientes da sua curiosidade. Quando as pessoas descobrem que tu és Cristão, eles podem querer saber alguns factos da crença Cristã. Logo, acho que existem pelo menos 5 questões que todos os Cristãos devem ser capazes de responder.
1. Como é que eu posso ser salvo?
É tremendamente triste que muitos Cristãos pura e simplesmente não saibam como pregar o Evangelho. Eles não sabem como responder à questão, “Como é que eu posso ser salvo?” É bem provável que eles nem entendam a natureza da sua salvação. Eles não entendem e nem sabem como expressar o que significa o facto do Senhor Jesus Cristo Se ter sacrificafo e o facto de nós temos que os revistir com o Senhor Jesus. A resposta tem que ser algo como isto:
Quando o Senhor Jesus foi executado, toda a ira de Deus caiu sobre Ele. O Senhor Jesus foi castigado no nosso lugar, absorvendo o castigo que nós merecíamos. Agora, e devido a isso, podemos-nos apresentar perante Deus como se nós nunca tivéssemos pecado. Podemos fazer isso colocando a nossa confiança no Salvador (Mateus 3:2), o que levará a que Deus nos faça novas criaturas, (João 3:3), e portanto oferecendo-nos uma experiência de nascer de novo.
Isto é o que significa ser um Cristão renascido.
2 – Porque é que acreditas no Cristianismo?
Why_ChristianityA resposta mais comum a esta pergunta é “Porque eu tenho fé.” As pessoas alegam que acreditam porque têm fé, ou então dirão que não sabem. Obviamente, ambas as respostas são insuficientes e não representam a tua forma de pensar. A maior parte dos Cristãos não acredita como efeito de fé cega, mas sim porque de forma sobrenatural passaram a ser novas criaturas e tiveram um encontro com Deus como se Ele fosse outra Pessoa. Acreditamos porque experimentamos o Senhor Ressuscitado, e porque os Apóstolos falaram Dele na Palavra de Deus escrita.
É por isso que acreditamos. Portanto, quando os Cristãos levantam os braços e dizem que não sabem, isso torna-se frustrante porque eles não estão a expressar de forma adequada as suas crenças.
3 – Porque é que vocês Cristãos negam a ciência moderna?
[Nota: o autor original do texto acredita no Big Bang e acredita numa impossível harmonia entre a macro-evolução e o Livro de Génesis. O editor do blogue não partilha dessa opinião, e como tal, essa parte do texto original foi deixada fora da tradução. Podem sempre ler o que ele diz no link colocado no final da texto. Para além disso, os Cristãos não negam a ciência moderna mas sim as teorias que se dizem científicas mas que não têm qualquer tipo de evidência em seu favor. O Big Bang e a crença de que répteis evoluíram para pássaros são crenças refutadas pelas evidências científicas, e como tal, negar a sua inexistente "veracidade" não é negar a ciência moderna, mas aceitar o que a ciência moderna revela.]
4 – Quem criou Deus?
Mao_Deus_AdaoQuando os Cristãos dizem que Deus criou o universo, os descrentes normalmente irão responder algo do tipo, “ah, mas quem criou Deus?!!” Eu acho que os Cristãos normalmente lidam com este ponto de uma forma razoavelmente boa visto que não é uma objecção sofisticada. Mas esta pergunta aparece com frequência e a resposta mais usual é: Como o Causador do tempo, Deus necessariamente existe para além do Tempo – Eterno e sem causa.
Pode-se dizer também, de forma práctica, que a pergunta “Quem criou Deus?” não refuta a noção de que Deus criou o universo, mas apenas vem depois do facto de Deus ter criado o universo. Mas mesmo assim, isto é uma má representação da filosofia da ciência porque reconhecer que uma explicação é a melhor, não significa que se tenha que ter uma explicação para a explicação. De modo a afirmar que A causou B não é necessário demonstrar a origem de A.
5 – Qual é a necessidade de ter uma fé cega?
Os descrentes normalmente associam a ideia da fé com a ideia da fé cega, isto é, “nós acreditamos em algo embora não tenhamos motivos para acreditar.”
Blind_FaithOs discípulos caminharam com o Senhor, viram os Seus milagres e, de facto, viram-No depois de ressuscitar dos mortos. Eles tinham todos os motivos para acreditar, e portanto urge perguntar como é que isso pode ser qualificado de “fé cega”. A resposta é que os Cristãos não são convidados a ter uma fé cega.
Quando se fala em “fé” isso só significa que colocamos a nossa confiança no Senhor Jesus Cristo. A fé, neste contexto, é comparável à fé na nossa esposa. No seu debate com Richard Dawkins o Dr John Lennox fez exactamente este ponto. Dawkins disse que “Tu só precisas de fé quando não tens evidências.” A isto Lennox respondeu, “Assumo que você tenha fé na sua esposa. Há alguma evidência para isso?” Ao que Dawkins respondeu, “Sim, existem muitas evidências.”
O que estava a passar é que Dawkins tinha feito uma definição errada de “fé”.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

As 10 razões de Will Graham para não ser ateu

Por Will Graham

Aqui está ela, amigos! O primeiro manifesto não-ateista. Sintam-se à vontade para o propagar online a quantas pessoas vocês quiserem  (...). 

1.- Não serei ateu porque do nada, nada vem.

2.- Não serei ateu porque não há maneira nenhuma alguma desta harmonia, ordem e perfeição virem a existir sem Uma Mente Inteligente por trás.

3.- Não serei ateu porque uma explosão fortuita não pode explicar como é que a estrutura do cérebro consegue explicar as leis relativas à harmonia , ordem e perfeição do universo.

4.- Não serei ateu porque eu sou muito mais que uma máquina bioquímica racional. Sou cheio de amor, desejos e esperança. E também reconheço a beleza quando a vejo.

5.- Não serei ateu porque eu tenho uma consciência moral - posso distinguir o bem do mal. Acredito em valores morais objectivos.

6.- Não serei ateu porque todas as tribos e línguas na face da Terra têm uma consciência religiosa, bem como a ideia de alguém ou algo transcendental e supremo.

7.- Não serei ateu porque eu acredito de todo o meu coração que a minha vida tem um propósito e um significado.

8.- Não serei ateu porque, embora eu seja imperfeito, tenho uma ideia Dum ser insuperavelmente Perfeito dentro de mim. Tal conceito não pode emanar de alguém tão mísero como eu.

9.- Não serei ateu porque, na sua grande maioria, os frutos prácticos do ateísmo são feios, malignos e simplesmente pervertidos. Para além disso, a maior parte do ateísmo intelectual nada mais é que um exercício de contradições insolúveis.

10.- Não serei um ateu porque o Espírito Santo habita em mim. Sei que Deus está Vivo, e eu falei com Ele há cerca de 5 minutos atrás.



O Testemunho de Bassam

Vivo no Médio Oriente. Nasci muçulmano, e quando tinha 18 anos, tornei-me membro dum dos grupos islâmicos, visto que eu tinha um parente que era uma dos líderes do grupo. Eu pensava que estava a fazer tudo em favor de Deus, levando em conta o que eu sabia Dele por esta altura. Depois de algum tempo, comecei a ter algum treino no uso de armas e na construção de explosivos. Eu sentia-me desconfortável com o que estava a fazer - ferindo pessoas em nome de Deus. Eu pensava que ou eu ou os membros do grupo haviam entendido mal os ensinamentos de Deus.

Comecei outra vez a estudar o Alcorão e a Tradição - com a ajuda de um dos líderes do grupo, mas sem lhe dizer o motivo para o meu estudo - para ver o que eu não tinha entendido. Depois de 2 anos, eu estava perplexo com o que tinha descoberto. Descobri que o islão não é o percurso pacífico até Deus, tal como eu acreditava, mas pelo contrário, era muito violento. Se *eu* teria que estabelecer a vontade de Deus de qualquer maneira, mesmo matando pessoas, então este não poderia ser o caminho de Deus.

Nunca coloquei a hipótese de algum dia vir a abandonar o islão em favor de outra religião, no entanto eu estava certo que o islão não me estava a levar até Deus. Eu tive uma espécie de quebra durante algum tempo quando descobri que tudo o que havia acreditado estava errado. Comecei a tomar drogas e a não falar de Deus. Foi então que eu conheci um Cristão que não sabia assim muito da Teologia Cristã mas que tinha muito amor pelos outros, independentemente de quem os outros eram. Um dos seus amigos (que era membro do mesmo grupo do qual eu havia feito parte) disse que ele tinha que ser morto porque ele era um Cristão, e porque ele não tinha pago a "Jiziah" (imposto que, segundo o Alcorão, os Cristãos e os Judeus a viver num estado islâmico eram forçados a pagar) mas isso não impediu o Cristão de amar esse homem e de lidar com ele de forma profissional.

Inicialmente, eu não sabia que ele era Cristão, e quando fiquei a saber, fiquei surpreendido; tudo o que eu havia aprendido durante toda a minha vida sobre os Cristãos, lendo os escritos islâmicos e as opiniões de Maomé sobre eles, havia-os rebaixado de forma bem vincada. Pedi a este amigo se ele me poderia arranjar uma cópia da Bíblia. Depois de dar início à minha leitura, vi que havia uma diferença enorme entre o que está escrito na Bíblia e o que eu havia ouvido as pessoas a dizer dela (quer tenham sido muçulmanos ou até Cristãos nominais).

Eu fiquei profundamente impactado com uma coisa, nomeadamente, com o ensinamento de que não há ninguém excepto Jesus que é justo; até aqueles que eram chamados de povo de Deus, tais como David, Jacó, Abraão e os doze apóstolos, haviam feito algo de errado. A Bíblia está cheia de pecados e transgressões por parte das pessoas, excepto Jesus. Ele mesmo disse aos Seus inimigos "Qual de vocês me convence de pecado?" (João 8:46a), mas ninguém foi capaz de responder. Até Judas, que O traiu e O entregou às autoridades para que Ele fosse morto, disse "Pequei ao trair Sangue Inocente" (Mateus 27:4).

Para além disso, Pôncio Pilatos, o governador Romano que eventualmente O condenou à morte, disse "Porquê? Que mal fez Ele? Não achei nada NEle digno de morte." E o centurião que testemunhou a morte de Jesus disse "Certamente, este Homem era Inocente!" Ele [o Senhor Jesus] impactou-me de forma profunda exibindo o exemplo mais elevado do ser humano, revelando-Se como Alguém que realmente merecia ser Seguido.

Demorei algum tempo até finalizar a leitura da Bíblia. Depois de um ano de batalha interior, decidi que eu queria seguir a Deus tal como Ele Se revelou em Cristo e não como alguém dizia que Ele era. Orei a Ele e Ele fez-Se presente. Pela primeira vez na minha vida senti que Deus esta presente; dizer que esse foi um sentimento estranho é um eufemismo. Eu estava tão feliz e tão triste. Feliz por saber que Ele estava ali e triste por me aperceber do que havia perdido. Senti uma paz imensa e queria que este sentimento nunca acabasse. Ainda me lembro desta primeira vez que eu orei; corri para fora do quarto porque pela primeira vez senti a Presença de Deus.

Desde então, eu tenho-O seguido, e Ele mudou a minha vida. Abandonei as drogas e tornei-me numa pessoa totalmente nova para todas as pessoas que conheço; mas tal como eu disse, eu vivo no Médio Oriente onde todas as pessoas pensam que estão certas e todos os outros estão errados. Devido a isso, tive alguns problemas com a minha família e eles expulsaram-me de casa. Tal como Jesus disse "E o irmão entregará à morte o irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os matarão." (Mateus 10:21) foi isto que aconteceu comigo.

O meu pai entregou-me às forças de segurança e eles prenderam-me e lançaram-me na prisão por ter abandonado o islão. Passei por maus momentos por lá visto que eles torturaram-me para me forçar a regressar ao islão. Usaram choques eléctricos e espancamentos, e deixaram-me toda a noite pendurado pelos pulsos. Depois de um ano, fui colocado numa prisão solitária onde fiquei quase um ano. Mas eu não podia negar Aquele que me deu vida.

Hoje em dia, estou fora da prisão e saí da minha casa e do meu país visto que ainda sou procurado por lá por ter abandonado o islão. Ainda caminho com Jesus e amo-O porque Ele me amou primeiro, e deu a Sua Vida na cruz por mim. Eu sabia desde o princípio que teria problemas. Afinal, não disse Ele a Paulo "E Eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo Meu Nome"? (Actos 9:16)

Hoje estou livre de tudo. Tenho uma esposa amorosa que conheci depois de sair da prisão, e que me tem apoiado em tudo o que eu faço para Deus, mas o mais importante para mim é a minha segurança eterna de que estarei com Ele para sempre, independentemente do que aconteça. E como resultado disso, resolvi dedicar a minha vida a dizer as outras pessoas do Seu grande amor por nós. Tal como Ele me ordenou:

Não temas, mas fala, e não te cales; Porque Eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade. (Actos 18:9-19)

Sintam-se à vontade para me escrever se querem saber mais. Bassam.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Os Judeus e a Trindade

Embora o conceito da Trindade não estivesse tão entendido na altura, os Judeus já tinham uma ideia da Plularidade Pessoal dentro da Essência Divina:
"O Ancião de Dias tem três cabeças. Ele revela-Se através de três arquétipos, todos eles formando Um só. Ele é, portanto, simbolizado pelo número Três. Eles revelam-Se Um no Outro.
[Estes são] primeiro, a "Sabedoria", secreta, oculta. Acima vem o Santo Ancião; acima Dele, o Incognoscível. Ninguém sabe o que Ele contém; Ele está acima de todas as concepções." (Zohar, iii. 288b)
Note-se que isto de forma alguma valida o paganismo alegadamente presente no livro "Zohar". isto só confirma que, quem diz que o conceito da Trindade "é uma invenção Cristã" não sabe do que os próprios Judeus acreditavam ANTES do Cristianismo.


domingo, 23 de fevereiro de 2014

A Igreja Católica é a Instituição que mais caridade fez e faz no mundo.


Muitas pessoas não sabem que a Igreja Católica é a Instituição que mais caridade fez e faz no mundo. Se a Igreja Católica saísse da África 60% das escolas e hospitais seriam fechados? Quando a epidemia de AIDS estourou nos EUA e as autoridades não sabiam o que fazer eles chamaram as freiras da Igreja para cuidar dos doentes porque ninguém mais queria fazê-lo.

No Brasil, até 1950, quando não existia nenhuma política de saúde pública eram as casas de caridade da Igreja que cuidavam das pessoas que não tinham condições de pagar um hospital?

A Igreja Católica mantém na Ásia: 1.076 hospitais; 3.400 dispensários; 330 leprosários; 1.685 asilos; 3.900 orfanatos; 2.960 jardins de infância. Na África: 964 hospitais; 5.000 dispensários; 260 leprosários; 650 asilos; 800 orfanatos; 2.000 jardins de infância. Na América: 1.900 hospitais; 5.400 dispensários; 50 leprosários; 3.700 asilos; 2.500 orfanatos; 4.200 jardins de infância. Na Oceania: 170 hospitais; 180 dispensários; 1 leprosário; 360 asilos;60 orfanatos; 90 jardins de infância. Na Europa: 1.230 hospitais; 2.450 dispensários; 4 Leprosários; 7.970 asilos; 2.370 jardins de infância.

Será que existe qualquer empresa ou instituição que faz pelo menos isso?

Fontes:http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=jZeH9OQkFlY

http://temaspolemicosigreja.blogspot.com/2010/10/igreja-catolica-maior-instituicao-de.html

http://jornalpartilha.blogspot.com/2007/10/histria-das-ipsss-em-portugal.html

http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223380820T2vFD3xo1Yc47NV1.pdf

http://cotidianoespiritual.blogspot.com.br/2011/10/igreja-catolica-maior-obra-caritativa.html
 
* * * * * * *
Enquanto os Cristãos dão apoio social a África, o que é que os ateus fazem?

sábado, 22 de fevereiro de 2014

5 Motivos Para Ser Cristão


É triste que tantos Cristãos não saibam explicar o porquê de serem Cristãos. Frequentemente, os líderes das congregações falham até em ensinar-lhes doutrinas sãs. Em vez disso, esses líderes apenas ensinam experiências emocionais ou a forma como podemos viver uma vida moralmente boa. Nós iremos atrás de milagres e de histórias Bíblicas divertidas, bem como ensinamentos bons em torno da forma como amar o nosso inimigo, mas, francamente, os Cristãos pura e simplesmente não sabem o porquê deles acreditarem no Cristianismo.

Claro que para os descrentes isto gera uma sensação anticlímax. Afinal, as pessoas podem passar algum tempo a batalhar com estas questões, e esperar que algum Cristão lhes dê respostas válidas. Quando estes últimos lhes dão meias-respostas ou evitam as perguntas, e eles [os descrentes] ficam desencorajados. 

Apesar disso, existem pelo menos 5 motivos que nos fazem ver que o Cristianismo está certo.
1. O Cristianismo está correcto.
Esta é a resposta que podemos oferecer com mais frequência. Quando alguém pergunta o porquê de nós acreditarmos que o Cristianismo está correcto, o Cristão irá tipicamente responder que Deus ressuscitou Jesus dos mortos depois DEle ter sido executado pelos Romanos, o que confirma os Seus ensinamentos [bem como as Suas alegações em torno da Sua Divindade]. Mas isto levanta a questão: como é que sabemos que o Senhor Jesus ressuscitou dos mortos?

Os historiadores das últimas décadas buscaram formas estabelecer a historicidade de Jesus de Nazaré estudando dados históricos relevantes. Eles chegaram a algo parecido a um consenso em torno dos seguintes eventos Bíblicos:

(1) Jesus foi Enterrado num túmulo cujo dono era José de Arimateia.

(2) O túmulo foi encontrado vazio.

(3) Os discípulos afirmaram que viram Jesus Vivo depois DEle ter sido crucificado.

(4) Os discípulos acreditavam tão fortemente que Deus O havia ressuscitado dos mortos que estavam dispostos a morrer pela veracidade destas crenças.

A melhor explicação para estes 4 factos históricos confirmados é que Deus de facto ressuscitou Jesus dos mortos.

Eu falo destes pontos de forma mais vincada no meu artigo "Será que Jesus Foi Ressuscitado dos Mortos?"
2. O Cristianismo explica na perfeição a natureza humana.
Nós ouvimos frequentemente as pessoas afirmar que as pessoas são, essencialmente, boas, que todas as pessoas nascem boas, e que eles têm um potencial imenso ao seu dispor. Religiões com origens humanas ensinam que, como as pessoas são essencialmente boas, elas podem negociar com Deus usando as nossas boas obras. 

Essencialmente, nós somos tão bons que Deus "deve-nos" um lugar no Céu; Deus está em falta connosco. Mas o Cristianiso ensina que não há ninguém bom, nem uma pessoa. Todos nós ficamos aquém do padrão perfeito de Deus (Romanos 3:23).

Imaginem: se nós fôssemos julgados segundo os Dez Mandamentos, e Deus nos julgasse, quem é que passaria no teste? Alguma vez mentiste? Alguma vez roubaste alguma coisa? Alguma vez olhaste com luxuria? Alguma vez fornicaste? Alguma vez odiaste alguém? Se alguma vez fizeste alguma destas coisas, então és um pecador culpado, e Deus não te deve nada.

Esse é o propósito dos Dez Mandamentos; expor o nosso pecado. À medida que nos medimos com os Mandamentos de Deus, imediatamente nos apercebemos que estamos aquém da perfeição que Deus exige. Longe de sermos bons, o Cristianismo ensina que o homem é, essencialmente, maligno e que ele não merece nada da parte de Deus.
3. O Cristianismo explica na perfeição a Natureza de Deus.
Tal como eu disse em cima, as religiões com origens humanas ensinam que Deus aceita os homens na base das suas boas obras - Deus alegadamente não leva em conta as más acções se nós tivermos mais boas obras que más obras. O problema é que isto não é justiça. Deus, segundo este ponto de vista, perdoa os nossos pecados de um modo arbitrário. Mas não é isso que o Cristianismo ensina.

Mas isto leva-nos de volta a mais assustadora verdade de toda a Escritura. Tudo o que Deus alguma fez leva-nos de volta a esta verdade. A verdade mais aterrorizadora de toda a Bíblia é que Deus é Bom, e como Ele é Bom, ele tem que executar justiça nos pecadores culpados. Se um juiz tivesse perante ele um criminoso culpado, ele não poderia de forma alguma colocar de lado o seu crime; ele teria que puni-lo por ter violado a lei. Se um juiz apenas e só perdoasse um criminoso culpado, ele seria justamente qualificado d maligno e corrupto.

Deus não é um Juiz maligno nem é um Juiz corrupto e é isto que o Cristianismo ensina. As nossas boas obras nada podem fazer para merecer a vida eterna, e essas nossas "boas" obras aos olhos de Deus são como panos sujos (Isaías 64:6). Portanto, o Cristianismo faz sentido, no que toca a Natureza de Deus.
4. Deus enviou o Seu Filho por nós.
Apesar de Deus ser Bom, existe outra verdade Bíblica que leva os Cristãos a rejubilarem, nomeadamente, que Deus é Misericordioso. Na cruz de Cristo, a misericórdia e a justiça de Deus encontraram-se. À medida que o Senhor Jesus era assassinado, toda a ira de Deus foi colocada sobre Ele, e Ele absorveu o castigo que os homens mereciam como consequência dos seus pecados. Desta forma, Deus é ao mesmo tempo Justo, porque castigou o pecado em  Cristo, e Misericordioso, porque os pecadores culpados têm agora uma forma de serem perdoados.

Isto é o que dizem as Escrituras (João 3:16):
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que NEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Logo, nós temos que passar a ser Cristãos visto que Deus nos amou tanto que não poupou o Seu Filho Unigénito. Valendo muito mais do que nós, o Senhor Jesus permitiu que Ele fosse sacrificado em nosso lugar. Ele permitiu que os Seus Atributos retirados, tomando a forma de um Servo, Obediente até à morte, mesmo até à morte na cruz  (Filipenses 2:5-8)

Nós temos que passar a ser Cristãos porque esse e o plano de redenção de Deus ara o homem, e é também a expressão do Seu amor por nós.
5 – Deus passará a ser Uma Realidade Viva, causando a que tu passes a ser uma nova criatura.
Obviamente que isto levanta a questão de forma como nós podemos passar a ser Cristãos. Fazemos isso por meio do arrependimento pelos nossos pecados e confiando no Filho de Deus. Mal nós fazemos isso, Deus irá causar a que passemos a ser novas criaturas, com o desejo de O servir. O velho homem morre, e o novo nasce. Todos os que estão em Cristo são novas criaturas (2 Cor 5:17). Portanto, nós passaremos a ter o desejo de deixar a nossa vida de pecado e iniquidade, e no lugar desses desejos, teremos desejos honrados, uma sede pela Palavra de Deus e fome pela vontade de Deus que enviou Cristo.

Ser Cristão renascido significa isto mesmo - Deus faz com que passemos a ser novas criaturas.

Depois disso, o Espírito Santo nos guiará diariamente (Hebreus 12:8-10) e Ele passará a ser uma Realidade Viva nas nossas vidas. Tal como o Professor John Hick explica, "Para [aqueles na Bíblia], Deus não era uma ideia adoptada pela mente, mas uma realidade vivenciada, que deu significado às suas vidas."

É desta forma que as coisas serão. Deus não é apenas uma ideia: tu passarás a conhecer o Senhor como se Ele fosse outra pessoa na tua vida. Caminharás com uma realidade viva, que dará significado à tua vida.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

"1914 - A Geração Que Não Passará"

"Ainda há muitos milhões dessa geração vivos. Alguns deles 'de modo algum passarão até que todas estas coisas ocorram'. - Lucas 21:32. Desde 1914 já atravessamos duas guerras mundiais e muitos outros grandes conflitos, além de fomes, terremotos, pestilência e coisas desse tipo. (Lucas 21:10, 11)

Mas Jesus disse: “Esta geração de modo algum passará até que todas estas coisas ocorram.” (Mateus 24:34)" (grifo adicionado) "Sim, poderá viver para ver esta prometida Nova Ordem, junto com os sobreviventes da geração de 1914 - a geração que não passará." (A Sentinela 15 de Novembro de 1984)


11 anos depois...


"O povo de Jeová ...às vezes tem especulado sobre quando irromperia a “grande tribulação”, até mesmo relacionando isso com cálculos sobre a duração da vida duma geração desde 1914." (grifo adicionado) "Em vez de estabelecer uma regra para a medição do tempo, o termo “geração”, conforme usado por Jesus, refere-se principalmente a pessoas contemporâneas dum certo período histórico, com as características identificadoras delas." "Não precisamos conhecer de antemão a data disso." (A Sentinela 1.º de Novembro de 1995)

Eruditos e Comentaristas da "Cristandade apóstata"

A Sociedade cita no segundo artigo da Sentinela de 1.º de Novembro de 1995 quatro eruditos para fundamentar os pontos que ela deseja. Os eruditos são:

Walter Bauer (Greek-English Lexicon of the New Testament)
William Edwy Vine (Expository Dictionary of New Testament Words)
Joseph Henry Thayer (Greek-English Lexicon of the New Testament)
Gerhard Kittle (Theological Dictionary of the New Testament)

Um detalhe interessante: todos eles têm vários aspectos em comum. Todos eles possuíam formação de ensino superior, todos eles já estão falecidos e, acima de tudo, todos eles tinham afiliação com a "Cristandade apóstata", aquela que a Sociedade chama de "a parte mais repulsiva" de "Babilónia, a Grande" que vai queimar no fogo eterno do Armagedom. Mas isso não é tudo!

Forjando Uma Excelente Reputação Por Citações

O que é ainda mais interessante é que exactamente o mesmo erudito e sua obra são citados tanto pela Sentinela de 1984 como pela Sentinela de 1995 para provar duas posições exactamente opostas. Veja as citações:

"...“A totalidade dos nascidos na mesma época, que se estende para incluir todos os que vivem numa dada época em relação a uma geração, contemporâneos.” (A Greek-English Lexicon of the New Testament da Quinta Edição de Walter Bauer, 1958)". A Sentinela de 15/11/84

"Nos Evangelhos, a palavra “geração” traduz a palavra grega ge·ne·á, que léxicos actuais definem nos seguintes termos: “Lit[eralmente], os que descendem d[um] mesmo antepassado.” (Greek-English Lexicon of the New Testament, de Walter Bauer)". (grifo acrescentado) A Sentinela de 1/11/95

Que confiança têm você numa organização que usa artifícios como os acima para construir uma boa imagem? O que diria isso sobre as demais inúmeras citações que a Sociedade usa ao longo de suas publicações? Deixamos a resposta a você, leitor!

* Jesus Cristo é o Senhor!!! Só o Senhor é Deus!!!

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Como a organização Torre de Vigia manipula os seus fiéis

Por CARM

É importante entender o domínio psicológico que a organização Torre de Vigia tem sobre a vida do russelita comum. A organização Torre de Vigia é o guia, o professor, e aquele que explana a doutrina correcta. Todos os russelitas pensam essencialmente da mesma forma e têm o mesmo padrão de respostas-padrão porque ele lêem-nas na mesma fonte e são condicionados a pensar da mesma forma: a forma que a Torre de Vigia quer. Portanto, se alguém evangelizou um russelita, essa pessoa já ouviu os argumentos que todos eles usam.

Em oposição à organização Torre de Vigia, e segundo a Bíblia, o Senhor Jesus é o Mediador entre Deus e os homens (1 Tim 2:5). Só Ele é que revela a verdade (João 1:17) e não a organização Torre de Vigia. Como se poderá ver nas citações que se seguem, a organização Torre de Vigia toma de modo subtil o lugar que pertence ao Senhor Jesus, embora alegue que "dê testemunhe Dele" e aponte para Ele. Na verdade, e como é normal nas seitas, a organização Torre de Vigia toma o lugar do Senhor Jesus.

Eis então o que eles ensinam
  1. A Organização Torre de Vigia é a organização de Deus na Terra.

    1. "Seria de esperar que o Senhor tivesse uma forma de comunicar com o Seu povo na Terra, e Ele já demonstrou de forma clara que a revista chamada "A Torre de Vigia" é usada para esse propósito." (1939 Yearbook of Jehovah's Witnesses, p. 85).

    2. "Apressa-te a identificar a organização teocrática visível de Deus que representa o Seu Rei, Jesus Cristo. É essencial para a vida. Ao fazê-lo, completa-te aceitando todos os seus aspectos." (Torre de Vigia, 1 de Outubro de 1967, p. 591).

    3. "Não podemos alegar amar a Deus ao mesmo tempo que negamos o seu canal de comunicação" (Torre de Vigia, 1 de Outubro de 1967, p. 591).

    4. "Independentemente do local onde se vive, a Palavra de Deus continua a servir como Luz para o nosso caminho e lâmpada para a nossa estrada, bem como para a nossa conduta e para as nossas crenças (Salmo 119:105). Mas Jeová Deus providenciou também a sua organização visível, o seu "servo discreto e fiel", composta por pessoas ungidas com o Espírito, como forma de ajudar os Cristãos de todas as nações a entender e aplicar de forma correcta a Bíblia nas suas vidas. A menos que estejamos em contacto com este canal de comunicação que Deus está a usar, nós não faremos qualquer progresso na estrada da vida, independentemente do quanto que se leia a Bíblia." (Torre de Vigia, 1 de Dezembro de 1981, p. 27).

  2. A Organização Torre de Vigia é a única forma de entender a Bíblia.

    1. "Só esta organização funciona para o propósito de Jeová e para o Seu louvor.  (...)" (Torre de Vigia, 1 de Julho de 1973, p. 402).
       
    2. "Todos nós precisamos de ajuda para entender a Bíblia, e não podemos obter a orientação Bíblica que necessitamos fora da organização que é "o servo fiel e discreto." (Torre de Vigia 15 de Fevereiro de 1981).

    3. "...as pessoas não conseguem ver o Plano Divino apenas estudando a Bíblia....se então ele os coloca de lado [os Estudos das Escrituras] e os ignora, e vai directamente para a Bíblia - e só para a Bíblia - embora ele possa entender a sua Bíblia por 10 anos, a nossa experiência revela que no espaço de 2 anos ele mergulha nas trevas. Por outro lado, se só tivesse lido os Estudos das Escrituras com as suas referências, e não tivesse lido uma página da Bíblia, ele estaria na luz  no espaço de 2 anos visto que ele teria a luz das Escrituras." (Torre de Vigia, 1 de Setembro de 1910, p. 298).

    4. "Logo, a Bíblia é um Livro organizacional que ela pertence à congregação Cristão como congregação, e não aos indivíduos, independentemente do quão sinceramente eles acreditem que podem interpretar a Bíblia" (Torre de Vigia, 1 de Outubro de 1967, p. 587).
    5. "O mundo está cheio de Bíblias, que é o Livro que tem os Mandamentos de Deus. Então porque é que as pessoas não sabem o caminho a seguir? Porque elas não têm o ensinamento e a lei da mãe, que é a luz. Jeová Deus providenciou o Seu único Livro escrito para a humanidade e ele têm toda a informação necessária para que o homem possa fazer um curso que conduz à vida. Mas Deus não organizou as coisas de modo a que a Sua Palavra fale de uma forma independente ou que emita luz por si só. A Sua Palavra diz "A luz semeia-se para o justo." É a través da Sua organização que Deus disponibiliza esta luz da qual o provérbio diz ser o ensinamento ou a lei da mãe. Se andamos na luz da verdade, temos que reconhecer não só Jeová Deus como o nosso Pai mas a Sua organização como a mãe." (Torre de Vigia, 1 de Maio de 1957, p. 274)

    6. "Canal para se entender a Bíblia... Todos aqueles que querem entender a Bíblia, têm que apreciar o facto desta "diversificada Sabedoria de Deus" só poder ser conhecido através do canal de comunicação de Jeová, a servo fiel e discreto." (Torre de vigia, 1 de Outubro, 1994, p. 8

O pensamento individual é desencorajado pela Organização Torre de Vigia.

  1. "Periodicamente, surgiram de dentro do povo de Jeová pessoas que, tal como o original Satanás, adoptaram uma atitude independente e censuradora...  Eles afirmam que é suficiente ler a Bíblia de modo exclusivo, quer seja sozinho que seja em pequenos grupos domiciliários. Mas, estranhamente, através dessas "leituras Bíblicas" eles reverteram de volta para as doutrinas apóstatas que os comentários do clérigo da Cristandade ensinavam há 100 anos atrás...." (Torre de Vigia, 15 de Agosto de 1981)

  2. "Nós devemos comer, digerir e assimilar o que está disposto à nossa frente, sem rejeitar partes da comida só porque ela não está ao agrado do nosso gosto mental.... De modo passivo, devemos avançar com a organização teocrática do Senhor, e esperar mais esclarecimento, em vez de expressar uma recusa mal é mencionado um pensamento intragável para nós e avançar com desculpas e opiniões como se elas fossem mais válidas do que a provisão de alimento espiritual do servo. Os teocráticos irão apreciar a organização visível do Senhor e não serem loucos ao ponto de colocar a sua razão humana, as suas emoções e seus sentimentos pessoais contra o canal de Jeová." (Torre de Vigia, 1 d Fevereiro de 1952, p. 79-80)

  3. "Depois de termos sido nutridos com força e maturidade espiritual, será que subitamente nos tornamos mais inteligente que o ex-provedor e abandonamos a orientação esclarecedora de quem foi uma mãe para nós? 'Não deixes a lei da tua mãe' (Prov 6:20-23)" (Torre de Vigia, 1 de Fevereiro de 1952, p. 80)
Em Relação à Salvação
  1. Existem 4 requerimentos para que as Testemunhas de Jeová sejam capazes de viver para sempre no paraíso, segundo Torre de Vigia, 15 de Fevereiro de 1983, página 12. Um deles lida com a organização Torre de Vigia.

    1. "Jesus Cristo identificou o primeiro requerimento quando Ele disse, em oração ao Seu Pai: "E isto é a vida eterna, que eles possam-Te conhecer, como o Único e Verdadeiro Deus, e Jesus Cristo que enviaste." (João 17:3) Conhecer Deus e Jesus Cristo inclui conhecimento do propósito de Deus em torno da Terra e do papel de Cristo como o Novo Rei da Terra. Será que obterão este conhecimento estudando a Bíblia?

    2. "Muitas pessoas acham que o segundo requerimento é mais difícil. Ele é obedecer as leis de Deus, isto é, conformar a vida segundo os requerimentos morais de Bíblia. Isto inclui evitar uma vida pervertida e imoral." 1 Cor 6:9, 10, 1 Pedro 4:3,4.

      1. ["Aceitar a mensagem da salvação e dedicar-se a Deus através de Cristo, e ser baptizado, é apenas o princípio do nosso exercício da fé. É apenas  o início da nossa obediência a Deus. Isto coloca-nos a caminha da vida eternar, mas não significa a nossa salvação final," (This Means Everlasting Life, p. 181).]

    3. "Um terceiro requerimento é que nós temos que nos associar ao canal de Deus, a sua organização. Deus sempre usou a Sua organização. Por exemplo, nos dias de Noé, só aqueles que se encontravam dentro da arca sobreviveram, e só aqueles associados com a congregação Cristã do primeiro século encontraram graça perante Deus. (Actos 4:12). Semelhantemente, nos dias de hoje, Jeová está a usar apenas uma organização para levar a cabo a Sua vontade. Para recebermos vida eterna e o paraíso terreno, temos que nos identificar com tal organização e servir a Deus como parte dela."

    4. "O quarto requerimento encontra-se conectado com a lealdade. Deus exige que os potenciais súbditos do Seu Reino disponibilizem o seu apoio ao Seu governo ao defenderem lealmente o Seu Reino sobre os outros. Jesus Cristo explicou "E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo" (Mateus 24:14) Irás cumprir este requisito dizendo aos outros sobre o Reino de Deus?

* * * * * * *
Resumindo:
1. A organização Torre de Vigia diz que ela mesma é o "canal de Deus" na Terra. 
2. A organização Torre de Vigia afirma que quem não "ama" a organização Torre de Vigia não ama a Deus.

3. A organização Torre de Vigia afirma que ela mesma "explica" a Bíblia aos outros, e mais ninguém o pode fazer de forma certa sem ser a organização Torre de Vigia. 
4. A organização Torre de Vigia diz quem não se associa com ela, não entenderá a Bíblia.

5. A organização Torre de Vigia condena o pensamento "independente" visto que, segundo ela, quem analisa a Bíblia fora da influência da organização Torre de Vigia, nunca se tornará russelita e nem se tornará seguidor da organização Torre de Vigia. Ou seja, a Bíblia, quando lida de forma directa, não ensina o que os russelitas acreditam. Para se ser russelita, tem que se ler a documentação externa à Bíblia, documentação essa fornecida pela própria organização Torre de Vigia. 
6. A organização Torre de Vigia afirma que ler a Bíblia não é suficiente; é mesmo necessário obter algum tipo de "luz" por parte . . . . da organização Torre de Vigia.
(Seria interessante meditar no que é dito neste último ponto:  segundo a organização Torre de Vigia, a Palavra do Criador do Universo não é suficiente para alguém andar segundo a luz de Deus. Segundo os russelitas, Deus não é suficientemente Poderoso para dar entendimento da Sua Palavra sem a ajuda da organização Torre de Vigia.)

Conclusão:

Tal como é dito neste post, existem alguns sinais que nos fazem ver que certa pessoa faz parte duma seita pseudo-Cristã e a organização Torre de Vigia cumpre quase todos na perfeição.

Se por tu acaso és russelita, pensa assim: porque é que uma organização condenaria ou veria com maus olhos que tu fosses directamente para a Bíblia para obter luz e conhecimento espiritual?


domingo, 16 de fevereiro de 2014

Líderes Russelitas ocultaram abusos infantis

Por Jeanne LeFlore

Segundo uma moção apresentada pelo "Pittsburg County District Court", toda a liderança da Igreja das Testemunhas de Jeová alegadamente ocultou os crimes de abuso de menores alegadamente levados a cabo por um homem identificado como um antigo ancião da igreja. A moção foi apresentada no dia 28 de Janeiro em ligação com as acusações de abuso levantadas contra Ronald Lawrence, de 76 anos.

Ronald era um ancião na "McAlester Jehovah Witness Church", segundo o Sargento-Detective Chris Morris. "Ele já não era um ancião mas ainda era membro da igreja," afirmou Morris. Segundo a moção, o Estado irá apresentar uma oferta de prova em relação ao encobrimento do crime por parte de Lawrence e por parte de “toda igreja, especialmente a liderança da 'Christian Congregation of Jehovah Witnesses'.

Em Novembro último Lawrence foi acusado de 19 crimes, incluindo 11 de molestação, 7 de sodomia forçada e uma acusação de violação por instrumentação. As alegadas vítimas nos casos foram duas raparigas pré-adolescentes e um rapaz que na altura tinha 5 anos. Lawrence foi preso pela polícia de McAlester depois de 3 pessoas se terem manifestado, alegando que haviam sido sexualmente abusadas por ele há cerca de 30 anos atrás.

Um affidavit do caso alega que uma mulher foi abusada desde que ela tinha 8 anos até aos seus 13 anos. Outra fêmea alegou que foi molestada por Lawrence desde os 10 aos 13 anos, e um rapaz alegou que foi abusado quando tinha 5 anos.

Lawrence disse à policia que "admitiu à sua igreja que todas estas alegações eram verdadeiras", de modo a que ele pudesse ser reintegrado na igreja depois de ter sido  "desassociado". O affidavit alega que Lawrence afirmou ter confessado aos membros da igreja os crimes, e ele nomeou 4 anciões da sua igreja que estavam cientes de alguns dos incidentes. Lawrence disse ainda à polícia que ele confessou à sua igreja alegações que incluíam um incidente com uma 4ª criança, um rapaz que disse aos seus pais ter sido "abusado sexualmente" por Lawrence dentro do vestiário dos homens da limpeza no "First National Bank".

Em Dezembro, o advogado de Lawrence, Warren Gotcher, deu entrada a uma moção alegando que as acusações deveriam ser rejeitadas visto que o estatuto de limitações havia expirado. Em resposta, a moção do procurador distrital declara que,visto que os alegados crimes não foram reportados à autoridades policias até 2013, o estatuto de limitações ainda não acabou.

A moção alegou que a Igreja Testemunhas de Jeová impediu que as vítimas avançassem com a queixas:

As acções da igreja, o banimento de Lawrence em mais do que uma ocasião, e as directrizes do corpo directivo impostas às vítimas e aos seus membros familiares em torno deste crime, foram acções de "encobrimento" e mais acções que impediam as vitimas de reportar os crimes às forças da lei.


Segundo a moção, o Estado do Oklahoma está a pedir ao tribunal que rejeite a moção do acusado (que pede que as acusações sejam rejeitadas), e que autorize que o assunto prossiga para uma audiência preliminar.

Lawrence foi liberto da cadeia no dia 24 de Novembro, e uma das condições da sua libertação, para além do pagamento da fiança de $50,000, foi que ele nunca entrasse em contacto com as vítimas do caso. Se ele for condenado, Lawrence pode passar o resto da sua vida na prisão.

Ninguém da Igreja Testemunhas de Jeová respondeu às várias chamadas que foram feitas, e Lawrence não pôde ser contactado para emitir um comentário.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Refutando Alegações Russelitas (1)

Respondendo a algumas alegações Russelitas:
O texto fala que existe um só Deus.
QUEM é este ?
Depende do contexto. Só há Um Deus Verdadeiro e Deus Forte (YHWH), e a maior parte das vezes que o título é usado isoladamente, refere-se sempre ao Pai. Mas há partes Bíblia onde o Senhor Jesus é chamado de Deus ou que Ele tem Poder e Natureza de Deus. Ninguém senãp YHWH é Deus, logo se o Senhor Jesus tem Natureza Divina, ele tem a Mesma Natureza que o Pai.
Se perguntar isso ao Atanásio, ao Constantino, ao Papa ou ao Ismael dirão que este um só Deus é a Trindade, o Deus Triuno formado de Pai, Filho e Espírito Santo. Mas Paulo disse que é o Pai, se ele diz que é o Pai, então é o Pai, é Paulo quem está dizendo.“significa que o Senhor Jesus não é Deus”
Então, usando a tua lógica, o Pai não é Senhor porque só o Senhor Jesus Cristo é o Senhor. Mas em outras partes da Bíblia o Pai é chamado de Senhor embora Paul diga que só o Senhor Jesus Cristo o é.

Como é que fica a vossa pseudo-teologia? Ou vocês se apercebem que a vossa rendição deste versículo está errada, ou então a vossa teologia tem um problema grave.

Atenção que não digo que o título de Senhor não seja usado em outras partes; estou a dizer que se vocês pensam que quando Paul diz que só há Um Deus, o Pai, isso anula o facto do Senhor Jesus ter a Mesma Natureza do Pai (que é o que os Cristãos sempre acreditaram), então ninguém mais é Senhor, nem mesmo o Pai.
No texto em questão, “um só, fulano” significa que apenas fulano é Deus, se outro também for, então automaticamente contradiz a frase anterior que diz “um só”, não dá pra sair disso.
Então se houver outro Senhor, este versículo também está errado. Isto, claro, segundo a vossa interpretação Gebberiana.
Mas porem o próprio verso anterior afirma que existem muitos deuses, o ponto dessa passagem é a supremacia do Pai.
 "Supremacia do Pai" não invalida que o Pai e o Filho tenham a mesma Natureza. O Pai, em termos de hierarquia, está acima do Filho (como os Cristãos sempre acreditaram desde sempre).
No caso do termo “Senhor”, a continuação do versículo 8:6 usa senhor com o sentido de adon, um rei ou amo de escravos, mas não como sinônimo de YHWH. 
 Mas o Pai é Senhor ou não? Essa é a questão.
“e mostrei-te que a Bíblia chama o Filho de Deus de Senhor (YHWH, em Jeremias 23:6), mas diz que só há Um Senhor”
Chama de “Senhor” ou chama de “YHWH”, as duas palavras são diferentes.
 Se eu disse que Jeremias chama de Senhor ao Filho, então estou a falar de YHW.
Jeremias 23:6 fala sobre o messias ser chamado de “Jeová É Nossa Justiça” (sendo que Jesus significa Jeová é [nossa] Salvação”) assim como Jeremias 33:16 diz que Jerusalém será chamada de “Jeová É Nossa Justiça”. são nomes teofóricos que visam louvar a Deus, títulos que tem uma homenagem a Deus em si, pessoas e cidades antigas tinham o costume de ter expressões e frases de louvor aos deuses que adoravam em seus nomes. Os nomes dos personagens bíblicos costumam ser assim.
Isto revela mais falta de entendimento em torno da essência do Nome.

Embora tanto o Messias em 23:6 e Jerusalém em 33:16 sejam identificados como "YHWH tsidqenu", vemos que há uma diferença muito importante. Em 23:5, diz-se que o Renovo será chamado pelo Nome de o Senhor a Nossa Justiça. A palavra "Nome" é uma tradução da palavra hebraica "shem", que tem um significado mais pleno e complexo que a palavra "nome" em português. SHEM refere-se ao carácter e à essência daquele que possui esse nome.

O facto de Jeremias ter escrito em 23:6 que o Renovo de David seria chamado pelo Nome de Deus revela que o Messias incorpora em si todos os atributos Divinos que o Pai tem (algo confirmado no Novo Testamento). Isto contrasta com o que é dito em 33:16 onde a palavra "shem" NÃO é usada.

Portanto, o Messias é identificado como Alguém que tem Nele Mesmo a Divindade do Pai.

Só um pedido: aqui neste blogue, sempre que te referires ao Messias, escreve com "M" capitalizado. Todos os comentários que não seguirem essa regra interna não serão aceites.
Sobre a questão olha a matéria
“Tu aprendeste as tuas crenças antes de leres as Escrituras. [...] inventam na hora uma interpretação bizarra, que eles têm memorizado, ou rapidamente mudam de assunto. Mas eles não têm uma hermenêutica no verdadeiro sentido do termo. O que acontece é que eles aprendem as suas crenças antes de lerem a Bíblia [...] e então quando eles abrem a Bíblia pela primeira vez, eles já têm as doutrinas inseridas na sua mente. O que eles fazem a seguir é tentar forçar essas mesmas doutrinas na Bíblia”
Então a pessoa responde as questões com interpretações memorizadas ou mudam de assunto, o que é interpretação memorizada?
Mas o que foi dito em cima é verdade. Vocês são ensinados as doutrinas e depois da lavagem cerebral é que recebem permissão para ler a Bíblia. E quem o diz são vocês mesmos:
Portanto, a Bíblia é um livro organizacional e pertence à congregação Cristã, e não aos indivíduos, por mais sinceros que eles sejam nas suas capacidades de interpretar a Bíblia." (The Watchtower, Oct. 1, 1967, p. 587.)
Portanto, vocês não podem de maneira nenhuma interpretar a Bíblia sem que a Torre de Vigia vos diga como a interpretar.
É dizer “Jesus é plenamente Deus e plenamente homem, tem duas naturezas ao mesmo tempo” , “Jesus aqui estava falando quanto a sua natureza humana”, “Aqui é a economia da Trindade em ação, cada pessoa tem uma função diferente”, “Essa pergunta é unicista, na Trindade as três pessoas são distintas. não são a mesma”, essas coisas são DECORADAS, inclusive dizer “Só Deus é Senhor, mas Jesus é chamado de Senhor” também uma interpretação memorizada, com a leitura de apologia trinitária por aí…. 
Não vi nenhuma refutação ao que foi dito. Felizmente que temos várias evidências que demonstram como a Torre de Vigia controla os seus membros, impedindo-os de interpretar a Bíblia de uma forma que eles não aprovam.
“O que acontece é que eles aprendem as suas crenças antes de lerem a Bíblia”
Católicos e protestantes aprendem que Deus é uma Trindade antes de lerem a Bíblia. Quando vão ler a Bíblia já creem na Trindade antes.
E os Judeus que acreditam ou acreditavam na Trindade?

Embora o conceito da Trindade não estivesse tão entendido na altura, os Judeus já tinham uma ideia da Plularidade Pessoal dentro da Essência Divina:
"O Ancião de Dias tem três cabeças. Ele revela-Se através de três arquétipos, todos eles formando Um só. Ele é, portanto, simbolizado pelo número Três. Eles revelam-Se Um no Outro.
[Estes são] primeiro, a "Sabedoria", secreta, oculta. Acima vem o Santo Ancião; acima Dele, o Incognoscível. Ninguém sabe o que Ele contém; Ele está acima de todas as concepções." (Zohar, iii. 288b)
Note-se que isto de forma alguma valida o paganismo alegadamente presente no livro "Zohar". isto só confirma que, quem diz que o conceito da Trindade "é uma invenção Cristã" não sabe do que os próprios Judeus acreditavam ANTES do Cristianismo.

Fico à espera da tua justificação para o facto dos Judeus do antigamente terem uma visão Trinitária de Deus (parecida mas não igual à dos Cristãos e dos Judeus Messiânicos). Como é possível que dois grupos antagónicos cheguem à mesma posição em relação a Deus?
“quando eles abrem a Bíblia pela primeira vez, eles já têm as doutrinas inseridas na sua mente”
Quando católicos e protestantes abrem a Bíblia já estão com a Trindade inserida na sua mente.
Como vimos em cima, quem não pode interpretar a Bíblia à margem dos seus líderes religiosos são os Russelitas.
Os textos que o Ismael trouxe, primeiro ele cria na Trindade, depois ele chegou no texto e pos a Trindade dentro nele. Façamos o contrário, pegue o texto e tire dele os elementos da doutrina da Trindade. Foi isso que eu pedi ao fazer as perguntas: “Você consegue a partir deste texto retirar os elementos da doutrina da Trindade?” , se você não consegue sinal que primeiro você cria na Trindade, aí leu o texto conforme a doutrina que você aprendeu.
O problema é que vocês querem confirmar TODOS os atributos da Trindade com UM versículo. Que raio de "interpretação" é essa? O Conceito Bíblico da Trindade não depende só de um versículo, e nem contém todas as suas verdades numa só passagem.  Ao contrário da organização Torre de Vigia que passou 100 anos a inventar "profecias de Deus" (todas elas falsas), os Cristãos dependem de várias passagens da Biblia para melhor entender a Natureza de Deus.

Para finalizar, repito o que sempre digo aos Russelitas: para se confirmar a Trindade basta ver o Filho e o Espírito Santo a receberem honra reservada ao Criador. Mas isso seja feito, e como ninguém se transforma em Deus (Deus sempre foi Deus), todos os versículos que aparentemente joguem com a posição de que 1) o Senhor recebe honra Divina e 2) ninguém se transforma em Deus, têm que ser interpretados sob essa luz.

Dizer que o Senhor Jesus não é Deus porque não é o Pai, não anula a Trindade porque nenhum Cristão defende que o Pai e o Filho são a Mesma pessoa.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Hipatia e a ignorância histórica dos militantes ateus


Parece que alguns mitos pseudo-históricos sobre a História da ciência estão em vias de receber uma injecção no braço, muito graças a um novo filme com o nome "Agora", do realizador Chileno Alejandro Amenabar. Normalmente, eu ficaria contente por haver alguém que faz um filme centrado em eventos do século 5º (pelo menos um que não seja outra fantasia ao estilo do "Rei Artur"). Afinal, não se dá o caso de haver uma falta de histórias memoráveis dessa altura para contar. E normalmente eu ficaria ainda mais contente se eles se dessem ao trabalho de fazer as coisas de modo a que realmente tivessem a aparência do século 5º, em vez de assumirem que, como os eventos ocorrem dentro do Império Romano, todas as pessoas têm que andar de togas, ter cortes de cabelo e lorica segmentata. E eu ficaria especialmente contente se eles não só estivessem a fazer estas duas coisas, mas tivessem também Rachel Weisz no papel principal visto que ela é uma excelente actriz e, convenhamos, é bem bonita.

Então porque é que eu não estou contente? Porque Amenabar escolheu escrever e dirigir um filme em torno da filósofa Hipatia, e perpetuar alguns mitos veneráveis do Iluminismo ao transformá-los numa história em torno da ciência versus fundamentalismo.

Como ateu, claramente não sou fã do fundamentalismo - mesmo da variedade com 1500 anos (embora as manifestações modernas tendem a ser aquelas que nós temos que manter um olhar mais atento). E como um historiador da ciência amador, fico mais do que contente com a ideia dum filme que passa a mensagem de que, sim, havia uma tradição de pensamento científico antes de Mewton e de Galileu. Mas Amenabar pegou na (sem dúvida, fascinante) história do que ocorria em Alexandria durante a vida de Hipatia e transformou-a numa desenho animado, distorcendo a História durante este processo. 

O que se segue foi retirado da conferência de imprensa feita de forma a coincidir com a exibição do filme em Cannes esta semana:
Desempenhada pela actriz Britânica vencedora dum Óscar, Rachel Weisz, no filme Hipatia é perseguida pelo facto da sua ciência colocar em causa a fé Cristã, como também pelo facto do seu estatuto como uma mulher influente. Desde confrontos sangrentos até aos massacres, a cidade descende para um estado de contenda intra-religiosa, e os Cristãos vitoriosos viram as suas costas ao rico legado cientifico defendido por Hipatia.
Portanto, é-nos dada a teoria de que Hipatia foi vítima de perseguição e, assumo eu, morta por causa da "sua ciência . . . ao colocar em causa a fé Cristã". E porquê ter um filme com apenas um mito histórico quando se pode ter um filme com dois mitos históricos? "Agora" começa com a destruição da segunda Biblioteca de Alexandria, levada a cabo por Cristãos e por Judeus - depois da primeira famosa Biblioteca ter sido destruída por Júlio César.

Pelo menos ele fez o seu trabalho de casa de modo suficiente para se aperceber que o declínio da Grande Biblioteca foi um deterioramento longo e lento - e não um evento catastrófico singular. Mas mesmo assim, ele agarra-se ao mito de Gibbon de que uma turba Cristã foi de alguma forma responsável. E de uma forma inteligente, ele inventa uma "segunda biblioteca de Alexandria" de modo a que ele possa responsabilizar os Cristãos.

Naturalmente, tudo isto tem uma moral inevitável:
O director disse também que ele via o filme como uma parábola da crise na Civilização Ocidental. "Digamos que o Império Romano são os Estados Unidos de agora, e Alexandria é o que a Europa é hoje - a antiga civilzação e o antigo background cultural. E o império está em crise, crise que afecta todas as provincias. Estamos a falar duma crise social, crise económica, obviamente, e crise cultural. Algo não se ajusta na nossa sociedade. Sabemos que algo irá mudar - não sabemos bem o quê ou como, mas sabemos que algo está a chegar ao fim."
Os limites desta analogia não são bem claros. Se a Europa é Alexandria e os EUA são Roma, quem é Hipatia? E quem são os fundamentalistas assassinos? Suspeito que a resposta seja "os Muçulmanos". O artigo do jornal La Times sobre a exibição do filme parece ser dessa opinião:
O filme é ainda mais convincente quando Amenabar revela a civilização de Alexandria, outrora estável, a ser sobrepujada pelo fanatismo (provavelmente porque os zelotas Cristãos, barbudos e vestidos com robes pretos que roubam a Biblioteca e ocupam a cidade, terem uma inquietante semelhança com os ayatollas e os Talibás de hoje).
Por mais longe que Amenabar queira avançar com a sua parábola, a sua mensagem geral é clara - Hipatia era a racionalista e a cientista e foi morta por fundamentalistas que se sentiam ameaçados com o conhecimento e com a ciência; e isto deu início à Idade das Trevas.

HIPATIA O MITO

Não se dá o caso de haver algo de novo ou original nisto - há já algum tempo que Hipatia tem sido usada como uma mártir pela ciência por aqueles que não querem de maneira nenhuma estar associados com uma apresentação correcta da História. Tal como Maria Dzielska detalhou no seu estudo de Hipatia, na história e como mito, "Hipatia de Alexandria", virtualmente todas as eras desde a sua morte que ficaram a saber da história, apropriaram-se dela e fizeram as coisas de modo a que esta história servisse para algum propósito polémico.
Perguntam quem foi Hipatia e irão algo do tipo "Ela era aquela filósofa pagã que foi rasgada em pedaços por monges (ou, de uma forma mais geral, por Cristãos) em Alexandria, no ano de 415". Esta resposta padrão irá basear-se não em fontes antigas, mas sim em literatura histórica e de ficção . . . A maior parte destes trabalhos representam Hipatia como uma vítima inocente do fanatismo nascente do Cristianismo, e o seu assassinato como uma proibição da liberdade de investigação (Dzielska, p. 1)
Se alguém me perguntasse isto quando eu tinha 15 anos, provavelmente esta seria a minha resposta visto que eu tinha ouvido falar de Hipatia largamente graças ao astrónomo Carl Sagan e da sua série de TV "Cosmos". Ainda tenho um fraco tanto por Sagan como pela série "Cosmos" visto que - tal como muitos jovens da altura - despertou o meu amor não só pela ciência, mas para uma tradição humanista da ciência e pela perspectiva histórica do assunto que a tornou muito mais acessível para mim do que fórmulas secas.

Mas as popularizações de qualquer tópico podem criar impressões erradas, mesmo quando o escritor está bem seguro do seu material. E embora Sagan fosse, normalmente, bastante sólido na sua ciência, a sua história era distintivamente mais vacilante, especialmente quando ele tinha um ou mais carrinhos de mão para empurrar.

O capítulo final do livro "Cosmos" é onde Sagan empurra alguns carrinhos de mão. De modo geral, o seu objectivo era admirável - ele ressalva a fragilidade da vida e da civilização, faz algumas condenações à proliferação nuclear - muito relevante e bem sensível nas profundezas da Guerra Fria dos anos 80 - e faz um apelo racional e humanista para a conservação da visão a longo termo para a Terra, para o ambiente e para a nossa herança intelectual. É por esta altura que ele conta a história de Hipatia como uma parábola de advertência; uma história que ilustra o quão frágil a civilização é e o quão facilmente ela pode sucumbir perante as forças da ignorância e da irracionalidade.

Depois de descrever as glórias da Grande Biblioteca de Alexandria, ele nomeia Hipatia como a sua "última cientista". Ele ressalva então que o Império Romano se encontrava em crise e que "a escravatura havia enfraquecido a antiga civilização da sua vitalidade"; isto não deixa de ser um comentário curioso se levarmos em conta que o mundo antigo sempre se fundamentou na escravatura, o que torna difícil ver como foi que esta instituição subitamente começou a "enfraquecer" a sua "vitalidade" no século Quinto. Depois disto, ele chegou ao ponto principal da sua história:
Cirílo, o Arcebispo de Alexandria, despreza Hipatia devido à sua amizade próxima com o governador Romano, e porque ela era um símbolo de aprendizagem e ciência que se encontrava largamente identificada por parte da igreja primitiva com o paganismo. Correndo um grande risco pessoal, ela continuou a ensinar e a publicar, até que no ano 415, enquanto caminhava para o seu local de trabalho, foi emboscada por uma multidão fanática de paroquianos de Cirilo. Eles arrastaram-na para fora da sua carruagem, tiraram as suas roupas, e, armados com conhas de abalone, esfolaram a carne dos seus ossos. Os seus restos mortais foram enterrados, o seu trabalho destruído, e o seu nome esquecido. Cirílo foi santificado. (Sagan, página 366)

Palpito que não fui o único leitor impressionável que achou esta história comovente. Um leitor do estudo de Dzielska, que refuta a versão que Sagan propaga, escreveu um comentário esbaforido na Amazon.com onde declarou:
Cheguei ao conhecimento de quem foi Hipatia através da série de televisão "Cosmos", de Carl Sagan. Ela foi frequentemente representada como um pilar da sabedoria numa era de dogma crescente. Ao contrário de Sócrates, sabemos muito menos sobre ela, sobre a sua vida e os seus ensinamentos. Ela é lembrada precisamente como uma mártir que foi sacrificada e não executada por uma multidão Cristã literalista inspirada pelo "São" Cirílo visto que aparentemente ela era vista por parte de algumas figuras religiosos e políticas como uma ameaça para o Cristianismo e para a teologia.
Isto na verdade leva-me a questionar se eles chegaram a ler o livro de Dzielska.

Embora Sagan seja o mais conhecido propagandista da ideia de que Hipatia era uma mártir da ciência, ele apenas estava a seguir uma venerável tradição polémica que tem as suas origens no livro de Gibbon "Declínio e Queda do Império Romano":
Espalhou-se um rumor entre os Cristãos de que a filha de Theom era o único obstáculo para a reconciliação do prefeito com o arcebispo; e esse obstáculo foi rapidamente removido. Nesse dia fatal, na temporada de santa do Quaresma, Hipatia foi arrancada da sua carruagem, despida, arrastada para a igreja, e chacinada de forma desumana às mãos de Pedro o Declamador e uma tropa de fanáticos selvagens e impiedosos; a sua carne foi raspada dos seus ossos com conchas afiadas de ostras e os seus membros trémulos entregues às chamas.
Tal como Gibbon, Sagan faz uma ligação entre a história do assassinato de Hipatia com a ideia de que a Grande Biblioteca de Alexandria foi incendiada por outra multidão Cristã. De facto, Sagan apresenta os dois eventos como se eles tivessem sido subsequentes, declarando que "Os últimos vestígios [da Biblioteca] foram destruídos pouco depois da morte de Hipatia" (p. 366) e que "quando a multidão chegou . . . para incendiar a Biblioteca não havia ninguém para os impedir." (p. 365)

Nas mãos de Sagan e de outros, tanto a história de Hipatia como a destruição da Biblioteca são contos de advertência sobre o que pode acontecer se baixarmos a guarda e permitir que os fanáticos destruam os defensores e repositores da razão.

A GRANDE BIBLIOTECA E OS SEUS MITOS.

Sem dúvida que esta é uma parábola poderosa. Infelizmente, ela não está de acordo com a história tal como ela ocorreu. Para começar, a Grande Biblioteca de Alexandria já não existia durante a época de Hipatia. Não é bem claro quando e como ela foi destruída, embora o fogo causado pelas tropas de Júlio César em 48 Antes de Cristo seja a causa mais provável. É também bem mais provável que este e outros fogos tenham feito parte do longo processo de declínio e degradação da colecção.

Curiosamente, dado que sabemos tão pouco sobre ela, a Grande Biblioteca de Alexandria há já muito tempo que tem sido o foco de algumas fantasias bem criativas. A ideia de que continha 500,000 ou 700,000 livros é frequentemente repetida pelos escritores modernos sem qualquer ponta de espírito crítico, embora comparações com o tamanho de outras bibliotecas antigas e estimativas em torno do tamanho necessário para a contenção duma colecção de tais dimensões tornem tal cenário pouco provável. É bem mais provável que ela tivesse cerca de 1/10 dos livros, embora continuasse a ser, de longe, a maior Biblioteca do mundo antigo.

A ideia de que a Grande Biblioteca ainda existia no tempo de Hipatia e que, como ela, foi destruída por uma multidão de Cristãos, foi popularizada por Gibbon, que nunca deixou que a História perturbasse os seus ataques ao Cristianismo. Mas Gibbon tinha em mente um templo conhecido como Serapeum, que não era de todo a Grande Biblioteca. Parece que a dada altura Serapeum tinha uma biblioteca e esta era "filha" da antiga Grande Biblioteca. Mas o problema com a versão de Gibbon é que nenhum relato da destruição de Serapeum por parte do Bispo Teófilo em 391 AD faz menção duma livraria de qualquer livro, apenas a destruição de objectos pagãos e objectos de culto:
Após solicitação de Teófilo, Bispo de Alexandria, o Imperador emitiu uma ordem para a demolição dos templos pagãos da cidade; comandou também que isso fosse levado a cabo sob direcção de Teófilo. Aproveitando esta oportunidade, Teólfilo esforçou-se ao máximo para revelar os mistérios pagãos e causar a que eles fossem alvo de desprezo. Para começar, ele causou a que o Mithreum fosse limpo e exibiu ao público os símbolos dos seus mistérios sangrentos. Depois disso, ele destruiu o Serapeum, sendo os rituais sangrentos do Mithreum posteriormente caricaturados por ele; o Serapeum foi também revelado como cheio de superstição extravagante, e ele causou a que os falos de Príapo fossem transportados pelo meio do fórum. Depois de finalizado este distúrbio, o governador de Alexandria, e comandante supremo das tropas no Egipto, ajudou Teófilo na destruição dos templos pagãos (Socrates Scholasticus, Historia Ecclesiastica, Bk V)
Mesmo os relatos hostis ao Cristianismo, tal como o de Eunápio de Sardes (que testemunhou a demolição), não fazem qualquer referência a qualquer biblioteca ou a livros a serem destruídos. E Amiano Marcelino, que aparentemente visitou Alexandria antes de 391, descreve o Serapeum e menciona que, no passado, ele havia tido uma biblioteca, indicando que por altura da sua destruição já não tinha. A realidade dos factos é que, com não menos do que 5 fontes independentes a mencionar o evento, a destruição do Sarapeum é um dos eventos melhor certificados de toda a história antiga. No entanto, nada é dito sobre a destruição de qualquer livraria ao mesmo tempo que o templo era destruído.

Mesmo assim, o mito duma multidão Cristã a destruir a "Grande Biblioteca de Alexandria" é demasiado suculento para ser resistido por alguns. Devido a isso, o mito permanece como um esteio para a argumentação de que "o Cristianismo causou a Idade das Trevas", apesar deste alegação não ter qualquer tipo de suporte. Parece que Amenabar também não conseguiu resistir - e é por isso que uma das cenas iniciais do filme mostra uma ansiosa Hipatia lutando para salvar preciosos pergaminhos antes que uma multidão aos gritos empunhando cruzes irrompesse pela porta trancada para destruir a que foi chamada de "a segunda Biblioteca de Alexandria" (presumivelmente ele fala do Serapeum). Isto ocorre bem no princípio do filme, aparentemente preparando as coisas para um conflito entre a ciência e a religião que termina com o assassinato de Hipatia. Sagan, por outro lado, coloca a destruição da Biblioteca depois do seu assassinato.

Na verdade, parece que tal destruição nunca aconteceu nem durante a sua vida e nem depois da sua vida - e que toda a ideia simplesmente é parte duma parábola mítica.

A HIPATIA DA HISTÓRIA

A verdadeira Hipatia foi filha de Theon, que ficou conhecido pela sua edição dos "Elementos" de Euclides, e pelos seus comentários de Ptolomeu, Euclides e Arato. O ano do seu nascimento é normalmente identificado como 370 AD, mas Maria Dzielska alega que isto são 15-20 anos demasiado tarde e sugere que 350 AD como o ano mais acertado. Isto faria com que ela tivesse 65 anos quando foi assassinada e desde logo o seu papel provavelmente deveria ter sido desempenhado por Helen Mirren e não Rachel Weisz. Mas isso dificultaria a venda do filme.

Ela cresceu e passou a ser uma estudiosa renomeada por mérito próprio. Ela parece ter ajudado o seu pai na sua edição de Euclídes e na edição do "Almagesto" de Ptolomeu, bem como escrevendo comentários sobre a "Aritmética" de Diofanto e as "Cónicas" de Apolónio. Tal como a maioria dos filósofos naturais do seu tempo, ela adoptou as ideias neo-Platónicas de Plotino e como tal, o seu método de ensino cobriu uma vasta gama de pessoas - pagãos, Cristãos e Judeus. 

Existem algumas sugestões de que o filme de Amenabar caracteriza Hipatia como ateísta, ou pelo menos totalmente irreligiosa, o que é altamente improvável. O Neo-Platonismo adoptava a ideia duma fonte perfeita e primária chamada "O Tal" ou "o Bem", que, durante o tempo de Hipatia, estava em todos os aspectos totalmente identificado com o Deus do monoteísmo.

Ela era admirada por muitos e pelo menos um dos seus estudantes mais ardentes foi o Bispo de Sinésio, que lhe dirigiu várias cartas chamando-a de "mãe, irmã, professora, e além disso benfeitora, e quem quer que seja honrado por nome ou por acto.", afirmando que "ela é a professora mais reverenciada" e descrevendo-a como aquela "que legitimamente preside os mistérios da filosofia" (R. H. Charles, The Letters of Synesius of Cyrene). O cronista Cristão citado em cima, Sócrates Escolástico, também escreveu dela admiradoramente:
Havia uma mulher em Alexandria chamada Hipatia, filha do filósofo Theon, que fez coisas grandes na literatura e na ciência, chegando até a ultrapassar os filósofos do seu tempo. Havendo sido bem sucedida na escola de Plato e Plotino, ela explicou os princípios de filosofia para os seus ouvintes, muitos deles provenientes de zonas distantes como forma de receberem as suas instrucções. Devido ao seu auto-domínio e à sua maneira calma, que ela havia adquirido em conseqüência do cultivo da sua mente, ela aparecia regularmente em público na presença de magistrados. E ela nem se sentia envergonhada por se fazer presente numa reunião de homens. Porque devido à sua dignidade e virtude, todos os homens a admiravam mais.(Socrates Scholasticus, Ecclesiastical History, VII.15)
Se ela, então, era admirada de tal forma, e respeitada pelos Cristãos eruditos, como foi que ela veio a ser assassinada por uma multidão de Cristãos? E mais importante ainda, será que o seu assassinato estava de alguma forma relacionado com o seu amor à ciência?

A resposta encontra-se no jogo político do princípio do século Quinto em Alexandria, e a forma como o poder dos Bispos Cristãos estava a começar a invadir o poder das autoridades civis da altura. O Patriarca de Alexandria, Cirílo, havia sido o protegido do seu tio Teófilo e tinha-lhe sucedido no bispado em 412 AD. Teófilo havia já feito a posição de Bispo de Alexandria uma posição poderosa e Cirílo havia continuado a sua política de expandir a influência da posição, invadido de modo incremental os poderes e os privilégios do Perfeito da cidade. Por essa altura, o Perfeito da cidade era outro Cristão, Orestes, que havia assumido o lugar pouco antes de Cirílo se tornar bispo.

Orestes e Cirílo rapidamente entraram em conflito devido as acções linha-dura contra as facções Cristãs mais pequenas tais como os Novacianos e a sua violência contra a enorme comunidade Judaica de Alexandria. Depois dum ataque por parte dos Judeus a uma congregação Cristã e a um pogrom retaliatório contra as sinagogas Judaicas liderado por Cirílo, Orestes queixou-se ao Imperador mas o seu pedido foi rejeitado. A tensão entre os apoiantes do Bispo e os apoiantes do Prefeito escalaram ainda mais numa cidade conhecida pelo governo das multidões e pela violência de rua politicamente motivada.

Por acaso ou por escolha, Hipatia deu por si no meio desta luta pelo poder por parte de duas facções Cristãs. Ela era bem conhecida por parte de Orestes (e provavelmente por parte de Cirílio) como uma participante proeminente na vida cívica da cidade, e era vista por parte da facção de Cirílo não só como uma aliada política de Orestes, mas também como um obstáculo para qualquer tipo de reconciliação entre os dois homens.

As tensões aumentaram ainda mais quando um grupo de monges dum mosteiro remoto do deserto - homens conhecidos pelo seu zelo fanático mas não identificados como pessoas com sofisticação politica - vieram à cidade em massa, como forma de apoiarem Cirílo, e deram início a tumultos que resultaram na comitiva de Orestes a ser apedrejada, com uma das pedras a atingir o Prefeito na cabeça. Não sendo alguém que aceitasse tais insultos, Orestes mandou que os monges em questão presos e torturados, o que levou à sua morte.

Cirílo tentou explorar a tortura e a morte dos monges, alegando que esse evento nada mais foi que um martírio por parte de Orestes. Deste vez, no entanto, os seus apelos às autoridades Imperiais foram rejeitados. Furiosos, os seguidores de Cirílo (com ou sem o seu conhecimento) vingaram-se, agarrando Hipatia na rua, como seguidora política de Orestes, torturando-a até à morte como vingança.

De modo geral, os Cristãos olharam para este evento com horror e com repulsa com Sócrates Scholasticus demonstrando de uma forma bem clara os seus sentimentos:
Hipatia foi vítima de inveja politica que existia por essa altura. Uma vez que ela tinha conversas frequentes com Orestes, foi reportado de um modo calunioso entre a população Cristã de que era ela quem impedia Orestes de se reconciliar com o bispo. Devido a isto, alguns deles apressaram-se no seu zelo feroz e fanático, cujo líder era Pedro o declamador,  emboscaram-na enquanto ela voltava para casa, arrastaram-na da sua carruagem, levaram-na para a igreja chamada Caesareum onde eles a despiram e a mataram usando azulejos [conchas de ostras]. Depois de terem rasgado o seu corpo em pedaços, levaram os seus membros mutilados para um lugar chamado Cinaron, onde eles a queimaram. Este incidente não deixou de trazer vergonha, não só para Cirílo mas para toda a igreja Alexandrina. Porque certamente nada está mais afastado do espírito do Cristianismo do que a permissão de massacres, lutas e transacções deste tipo. (Socrates Scholasticus, Ecclesiastical History, VII.15).
O que é notável nisto tudo é que em parte alguma a sua ciência ou o seu aprendizado são mencionados, excepto como base do respeito que ela recebia de pagãos e de Cristãos.

Sócrates Scholasticus termina descrevendo as suas façanhas e a estima que as pessoas tinham por ela, afirmando "Até ela foi vítima da inveja política que existia por essa altura". Dito de outra forma, apesar da sua erudição e do seu conhecimento, ela foi vítima de jogos políticos. Não há qualquer tipo de evidência de que o seu assassinato estava de alguma forma relacionado com o seu conhecimento. A ideia de que ela foi uma espécie de mártir para a ciência é totalmente absurda.

HISTÓRIA VERSUS OS MITOS. E OS FILMES

Infelizmente para aqueles que se agarram à desacreditada "tese do conflito" da ciência e da religião perpétuamente em guerra, a história da ciência tem muito poucos mártires genuínos assassinados por mãos de religiosos intolerantes. O facto dum místico e dum maluco como Giordano Bruno ser reinventado como um livre pensador cientista revela o quão frágil é a tese desses "mártires da ciência", embora aqueles que gostam de invocar estes mártires possam ter uma recaída ao alegarem que "a Inquisição Medieval queimou cientistas", apesar do facto disso nunca ter acontecido. A maior parte das pessoas nada sabe da Idade Média, e como tal, este tipo de agitar de mãos é normalmente bastante segura.

Ao contrário de Giordano Bruno, Hipatia foi uma cientista genuína e, como mulher, ela foi certamente espantosa para o seu tempo (embora o facto de outra cientista pagã, Aedisia, ter practicado ciência em Alexandria uma geração depois sem sofrer qualquer tipo de problemas revela que Hipatia estava muito longe de ser única). Mas Hipatia não foi nenhuma mártir para a sciência, e a ciência não teve nada a ver com a sua morte.

Não se sabe ainda quanto do genuíno background politico envolta da morte de Hipatia Amenabar colocou no seu filme. Espera-se que, ao contrário de Carl Sagan, todo o clima político do seu assassinato não seja simplesmente ignorado e a sua morte não seja pintada como um acto puramente anti-intelectual por parte de pessoas ignorantes, raivosas contra a sua ciência e contra a sua erudição. Mas o que está mais ou menos claro a partir das suas entrevistas e da pré-publicidade do filme, é que ele escolheu enquadrar a história em termos Gibbonianos directamente do manual da "tese de conflicto" - a destruição da "Grande Biblioteca", Hipatia vítimizada devido ao seu conhecimento, e a sua morte como um prenúncio do início da "Idade das Trevas".

Como é normal, os intolerantes e os fanáticos anti-religiosos irão ignorar as evidências, as fontes e a análise racional e resolver acreditar no apelo que Hollywood faz aos seus preconceitos. Isto leva-nos a perguntar quem são os verdadeiros inimigos do conhecimento.